Tocar é o seu destino.
toca mal, com as pobres mãos doridas
de velhice e miséria.
Mas que importa? Tocar é o seu destino,
tocar é uma coisa séria.
É um velho e toca violino.
passa na minha rua ao pôr do Sol,
e, quando a tarde é calma,
pára e abre a porta da gaiola
ao trémulo e cansado rouxinol
que tem na alma.
Fernanda de Castro